quinta-feira, 15 de março de 2012

Lugar? Que Lugar?

Existiu uma vez um lugar distante,muito distante,tão distante quanto se possa imaginar,tão distante era o lugar que ninguém nunca o encontrou,parecia protegido,não estava no mapa,radares não o detetectavam e nem os mais inteligentes da época conseguiam dizer o porque,alguns queriam entrar no lugar e outros não acreditavam na existência dele,mas ele existia,e como sabiam disso? Porque os boatos correm,mais velozes que a luz,uma senhora que morreu à mais de dez anos disse que sua irmã morreu tentando conhecer o lugar,a segunda irmã disse que ela morreu no próprio lugar e a terceira irmã disse que ela morreu no sonho de conhecer o lugar,mas a irmã sonhadara nunca foi encontrada e todos passaram a acreditar que ela tinha conseguido,porque quem consegue entrar neste lugar,lá morrerá e quem nasce também.
Lá estava ele,extinto aos olhos da modernidade,o lugar era protegido por montanhas,parecia uma enorme tijela,era lindo,o paraíso,todos os Romenos e o resto da Europa ambicionavam entrar lá,mas ele estava protegido.As Montanhas que circundavam este lugar não eram vistas,afinal qualquer um poderia escala-la e ninguém pode escalar algo que não se vê e não se sente,ele era magnífico,sombrio e ao mesmo tempo iluminado,lá não havia carros,roupas modernas e nenhum tipo de cetismo,aquele lugar era o lugar dos sonhos,do inimaginável,o lugar onde os contos de fadas se tornavam realidade,mas lá as fadas não contavam histórias.O Povo de fora da tijela se perguntava o que havia lá dentro,quem mandava,do que comiam e como conseguiam sobreviver longe da civilização,a resposta era clara,ninguém gosta daquilo que nunca provou,o povo da tigela vivia num paraíso mágico,mas nem todo lugar é completamente perfeito,de tantas criaturas que habitavam os terrenos além das montanhas era de se imaginar que nem todos eram simpáticos,acordar pela manhã e ver uma fênix era comum,nadar nos rios e desfrutar da beleza de uma sereia também era comum,matar dragões,se alimentar da carne de cervos com chifres de bronze,brincar ou brigar com minúsculos duendes raivosos,se encantar com a pequena luz dos humanóides voadores era mais comum ainda.

As Montanhas da Terra de Ninguém abrigava as mais incríveis criaturas e os mais comuns dos humanos,no centro de tudo estava uma divindade,uma criatura híbrida,era meio mulher e meio animal,alguns diziam que a mulher tinha o corpo de um touro,outros diziam que a mulher tinha as asas de uma fênix,alguns diziam até que a divindade era tão feia que retirava a beleza de quem a olhasse,ou que a divindade era tão bonita que até as mulheres se encantavam com a sua beleza e morriam tentando ficar iguais a ela,mas isso tudo era até então um mito de anciãos considerados já loucos,pois bem,isso não é importante,a história que realmente importa aconteceu em uma época aparentemente calma para o povo da tigela e como dizem os povos de fora das montanhas,todos devem suspeitar da calma,pois ela antecede a tempestade e ilude os bravos para não lutarem.


A História começa no principal reino da tigela,havia tempos em que houve uma divisão nesse mundo e os povos de cada reino não podiam atravessar suas fronteiras,a tigela era dividida em quatro reinos,cada reino com a sua monarquia e governantes distintos,o primeiro reino a ser montado foi o reino da rainha Ileana,era viúva de um rei tirano,Ionut,que sugou até o ultimo centavo o dinheiro de seu povo,pelo que se sabe a Rainha governou muito bem sozinha e o seu povo ficou satisfeito com ela e deram-na a idéia de trocar o nome do reino que antes se chamava Gorv e o trocou pelo seu segundo nome,o reino passou a ser conhecido como o Reino de Oana.O Segundo Reino pertenceu ao Rei Velkan,outro tirano,matou os próprios pais pelo direito ao trono e não se casou com ninguém,pois era feio demais,o Reino era chamado de solo lunar,porque era seco e vazio,o povo era maltratado e não havia recursos para eles pois o rei se sustentava com as iguarias vindas do reino de sua irmã adotiva,Mihaela,uma medrosa que fazia tudo o que o irmão pedia,mas em seu reino ela tinha pulso firme,agradava ao seu povo e os presenteava com jóias em resposta ao trabalho,o reino de Mihaela era conhecido em toda a tigela por seu enorme pomar e por isso foi designado como o Reino de Pomares.O Ultimo reino,o que nos importa,era governado pelo Rei Razvan,era o único rei dentre os quatro reinos que era casado,sua mulher se chamava Iohana,uma mulher de beleza estonteante.O Reino de Razvan era o reino das criaturas,era o mais propício à boa vivência,era o único reino que possuía um deserto,uma cadeia de cinco montanhas,um rio e um pomar,todos em um lugar só,também era o maior dentre todos os reinos e onde havia o maior número de habitantes e devido a isso o rei propôs a divisão do seu reino em três aldeias onde cada uma desempenhava um papel diferente,eram elas a aldeia dos Dragonianos,a aldeia dos Duendinos e a aldeia dos Sereianos.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O Princípio de uma época já perdida

Havia uma época no passado em que era comum ouvir histórias,histórias vindas de todos os lugares do mundo e quiçá do universo,histórias que preenchiam o vazio das crianças que saiam por aí contando para as outras crianças a incrível viagem que fizeram dentro de um livro,bem,essa tradição anda por tempos sendo apagada,os vazios dentro das crianças permanecem assim até a vida adulta e a mágica dentro dos livros vem sendo desperdiçada como a água do banho.Em tempos passados,as crianças ainda desfrutavam desse prazer,os pais delas as embarcavam na cama onde à partir dali elas iam viajar por toda a Europa,América e Oceania,nas mais avassaladoras histórias e estariam preparadas para enfrentar todas as Bruxas,Dragões e Vampiros pelo caminho e no dia seguinte se gabariam para as pessoas mostrando o quão corajosos eram.
Dona Nicoleta morava no Distrito de Gorj na Romênia,ela tinha um filho,Alin,que adorava as histórias da mãe e em uma noite fora preparado por ela para ouvir uma nova história que ele havia escolhido,nem ele e nem ela sabiam o nome,o livro pertencia a Bisavó de Nicoleta e fora retirado do pó do Baú para poder ser lido ao filho de oito anos.Nicoleta aprontou Alin para dormir e pegou o livro que estava na escrivaninha iluminada por um pequeno lampião,Alin olhou para a mãe com o mesmo olhar de ansiedade que tinha toda vez que ela começava uma nova história e com o sorriso da mãe ele se acomodou ainda mais na cama,fechou os olhos e esperou que as palavras penetrassem na sua mente que neste momento estava aprumando os cintos para uma nova viagem,Nicoleta abriu o livro e começou a ler.